Prevenção, Sintomas e Tratamento da Leptospirose em Cachorros
A leptospirose em cachorro é uma infecção bacteriana que pode ter consequências graves em cães e também pode afetar humanos. Existem várias cepas da bactéria chamada Leptospira que causam a leptospirose. A prevenção da leptospirose inclui a vacinação, que protege contra as quatro cepas mais comuns, e evitar fontes comuns de contaminação.
Sumário
O que é leptospirose em cachorro?
Como dissemos, a leptospirose é uma doença causada pela infecção da bactéria Leptospira. Essas bactérias podem ser encontradas em todo o mundo, no solo e na água. Existem muitas estirpes da bactéria Leptospira que podem causar a doença, e muitos mamíferos são vulneráveis a ela– incluindo cães, humanos, gado e alguns animais selvagens. Embora os gatos também possam contrair a doença, é algo raro de acontecer.
A leptospirose é mais comum em climas quentes com elevada pluviosidade anual, mas pode ocorrer em qualquer lugar, especialmente após fortes chuvas e inundações.
Cães de qualquer idade, raça ou sexo podem ser afetados. As seguintes situações podem colocar os cães em maior risco:
- Exposição ou consumo de fontes de água lenta ou estagnada, como lagoas, rios, lagos ou riachos
- Perambulação em propriedades rurais (devido à exposição a animais selvagens ou animais de fazenda potencialmente infectados ou a fontes de água contaminadas com urina)
- Exposição a animais selvagens (especialmente roedores) ou animais de fazenda, mesmo que no quintal
- Contato com outros cães (como em áreas urbanas, parques para cães ou instalações de embarque ou treinamento).
Como saber se o cachorro está com leptospirose?
Os sintomas de leptospirose em cães variam, dependendo da cepa da bactéria infectante, da resposta imunológica do cão e de outros fatores. Alguns cães infectados não apresentam sintomas, outros podem desenvolver uma doença leve e transitória e se recuperar sozinhos, enquanto alguns podem sofrer de uma doença grave e potencialmente fatal.
Para cães que ficam doentes, os sintomas tendem a ser inespecíficos. Estes são os sinais mais comuns:
- Perda de apetite
- Vômito
- Letargia
- Dor abdominal
- Diarréia
- Icterícia (amarelecimento da pele e membranas mucosas)
- Desidratação
- Beber ou urinar mais do que o habitual
- Perda de peso
- Rigidez ou dor muscular.
A doença pode evoluir para insuficiência renal e/ou hepática. Alguns cães podem desenvolver doenças pulmonares graves e dificuldade respiratória rápida. Suspeita-se que, em alguns casos, ocorra danos ao músculo cardíaco.
A leptospirose também pode causar distúrbios hemorrágicos, que podem causar vômito, urina, fezes ou saliva com sangue; hemorragias nasais; e manchas vermelhas nas gengivas, em outras membranas mucosas ou na pele clara. O líquido pode se acumular no corpo, causando inchaço nas pernas ou acúmulo de líquido no peito ou abdômen.
Pode-se suspeitar de leptospirose com base no histórico de exposição e nos sintomas apresentados pelo cão, mas muitos desses sinais também podem ser observados em outras doenças. Além do exame físico, o veterinário pode recomendar uma série de outros exames, como exames de sangue,urina, radiografias (raios X) e ultrassonografia.
O que pode causar a leptospirose?
A leptospirose é mais frequentemente transmitida pela urina de um animal infectado, especialmente (mas não apenas) de roedores selvagens. Cães infectados podem parecer saudáveis, mas ainda assim transmitem a bactéria Leptospira pela urina. A bactéria pode sobreviver no solo encharcado de urina por semanas ou até meses.
Os cães geralmente são infectados quando suas membranas mucosas (como as da boca, nariz ou olhos) ou feridas na pele (como cortes ou arranhões) são expostas à urina, água ou solos contaminados com urina. A infecção também pode ser transmitida através de alimentos ou roupas de cama contaminados com urina, ou pelo contato com tecidos ou carcaças de animais infectados. Também há casos raros em que a exposição à bactéria Leptospira ocorre através da reprodução ou da mordida de animais infectados. Uma cadela infectada pode transmitir a bactéria aos filhotes por nascer através da placenta.
A leptospirose em cachorro tem cura?
A leptospirose é tratada com antibióticos, e a recuperação completa é possível, mas alguns cães que sobrevivem podem desenvolver doença renal ou hepática crônica. Alguns cães podem não sobreviver se a infecção causar danos significativos aos órgãos ou afetar gravemente a capacidade de coagulação do sangue.
Qual é o tratamento?
A leptospirose geralmente é tratada com antibióticos e cuidados de suporte. Dependendo da gravidade da doença, o cão pode precisar de fluidoterapia, medicamentos específicos e suporte nutricional. Cães com casos graves podem precisar de cuidados intensivos, como oxigenoterapia, suporte respiratório mecânico ou diálise.
Quando a leptospirose é tratada precocemente, a chance de recuperação é boa. No entanto, ainda existe o risco de danos residuais permanentes nos rins ou no fígado. Para cães cujos rins têm dificuldade para urinar, apesar do tratamento de suporte, o encaminhamento para diálise pode fornecer suporte até que os rins recuperem a função e pode salvar vidas. Cães com doenças respiratórias graves têm menos probabilidade de se recuperar, mesmo com tratamento.
Como posso proteger meu cão contra a leptospirose?
Felizmente, existem vacinas disponíveis para proteger os cães dessa doença potencialmente fatal. Normalmente é recomendada uma série inicial de duas doses da vacina, seguida de reforços anuais. Seu veterinário pode ajudá-lo a decidir se e quando a vacinação pode ser adequada para o seu cão, com base nas suas necessidades e nas do seu cão. Ao contrário de algumas crenças, estas vacinas não têm maior probabilidade de causar efeitos colaterais do que outras vacinas comuns.
Reduzir a exposição do seu cão a possíveis fontes da bactéria Leptospira pode reduzir a chance de infecção:
- Evite deixar seu cão beber ou nadar em rios, lagos, lagoas, áreas pantanosas ou em águas lentas ou estagnadas.
- Mantenha seu cão longe de animais de fazenda e roedores selvagens, incluindo carcaças.
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