Leishmaniose em Cães: Causas, Sintomas e Tratamentos
A leishmaniose em cães é uma doença parasitária que afeta não apenas a saúde dos animais, mas também representa um desafio significativo para a saúde pública e tem se tornado uma preocupação crescente em diversas regiões do Brasil e do mundo, com sintomas que podem variar desde lesões cutâneas até complicações mais graves.
É fundamental que os tutores estejam informados sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento dessa enfermidade. Neste texto, exploraremos os principais aspectos da leishmaniose em cães, destacando a importância da conscientização e dos cuidados necessários para proteger nossos amigos peludos.
Sumário
O que é a Leishmaniose em cães?
A Leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada por protozoários que atacam o sistema imunológico do animal, é uma doença zoonose que pode ser transmitida de animais para humanos e vice-versa, sendo o mosquito o vetor. Aliás, é uma grave zoonose que pode levar ao óbito tanto o humano quanto o cachorro infectado, e por isso, essa enfermidade é uma questão de saúde pública que exige cuidado de todos no combate e prevenção.
Quando em contato com o cão, o parasita do tipo Leishmania começa a atacar as células fagocitárias (os macrófagos – responsáveis por proteger o organismo de corpos estranhos). Ele se liga a essas células e começa a se multiplicar, atacando mais células e, nessa propagação, podem atingir órgãos como fígado, baço e medula óssea.
Há dois tipos de leishmaniose:
- Cutânea: é causada por dois tipos de parasitas, a leishmania braziliensis e a leishmania mexicana.
- Visceral: A leishmaniose visceral é originada pelos parasitas leishmania donovani, infantum e chagasi.
É importante ressaltar que em 99,9% das vezes em que o tema é leishmaniose em cães, a leishmaniose visceral é a mais comum, isso porque a cutânea não costuma ter o cão como seu principal alvo, e a visceral sim.
Como saber se o cão tem Leishmaniose?
Ao contrário do que muitos ainda acreditam, a Leishmaniose não é transmitida a partir do contato direto com o cachorro por meio de saliva, mordidas, entre outros. Ela é transmitida por meio da picada da fêmea infectada do inseto flebotomíneo, popularmente conhecido como o mosquito palha, um díptero que não depende da água parada para depositar seus ovos, colocando-os em matéria orgânica como:
- Restos de comida;
- Frutos apodrecidos;
- Folhas de árvores e vegetais em decomposição;
- Fezes de animais.
Portanto, para ajudar a manter a saúde do seu pet, procure manter os ambientes sempre limpos e quaisquer sinais dos sintomas a seguir procure um médico veterinário com urgência:
Sintomas
- Lesões cutâneas: um dos primeiros sinais da leishmaniose são lesões na pele, que podem aparecer como feridas, crostas ou áreas de perda de pelo. Essas lesões geralmente ocorrem nas orelhas, focinho e patas.
- Perda de peso: cães com leishmaniose frequentemente apresentam perda de peso significativa, mesmo que mantenham o apetite. Isso ocorre devido à interferência do parasita no metabolismo do animal.
- Cansaço e fraqueza: a doença pode causar letargia e cansaço excessivo, fazendo com que o cão pareça menos ativo e disposto a brincar ou passear.
- Anemia: a anemia é comum em cães infectados, resultando em palidez das mucosas (como gengivas) e fraqueza geral. Isso acontece devido à destruição das células vermelhas do sangue pelo parasita.
- Aumento do baço e fígado: a leishmaniose pode levar ao aumento do baço (esplenomegalia) e do fígado (hepatomegalia), que podem ser detectados durante um exame físico veterinário.
- Sintomas oculares: alguns cães podem apresentar problemas oculares, como conjuntivite ou úlceras na córnea, resultando em secreção ocular e desconforto.
- Mudanças no comportamento: cães afetados podem se tornar mais isolados ou apresentar mudanças no comportamento, como agressividade ou apatia.
- Sintomas renais: em casos mais avançados, a leishmaniose pode afetar os rins, levando a sinais de insuficiência renal, como aumento da sede e urinação frequente.
Tratamento
O tratamento da leishmaniose em cães é multifacetado e deve ser sempre supervisionado por um veterinário, é a única maneira de saber com certeza se seu amigo foi infectado é levando-o ao profissional veterinário.
O diagnóstico é feito por meio dos exames de sangue de sorologia, reação de imunofluorescência, imprint de feridas, ou seja, uma citologia por decalque no qual colhe-se fragmento do órgão ou nódulo a ser examinado a fim de tentar localizar o parasita, detalhes fornecidos pelo tutor, também é muito importante para ajudar o profissional a solicitar os exames adequados com precisão.
Abaixo estão os principais aspectos do tratamento:
- Medicamentos antiparasitários: os medicamentos mais comuns usados no tratamento da leishmaniose incluem: antimoniais, que ajuda a eliminar o parasita do organismo e miltefosina, um medicamento oral que tem mostrado eficácia no tratamento da leishmaniose canina.
- Medicamentos anti-inflamatórios: para aliviar inflamações e desconfortos, o veterinário pode prescrever anti-inflamatórios não esteroides que ajudam a controlar a dor e melhorar o bem-estar do cão.
- Tratamento da anemia: se o cão estiver apresentando anemia, pode ser necessário administrar medicamentos ou suplementos para aumentar a produção de glóbulos vermelhos e melhorar a saúde geral.
- Cuidados de suporte: é importante fornecer cuidados de suporte, como uma alimentação equilibrada e adequada, hidratação constante e um ambiente tranquilo, que ajudem na recuperação do animal.
- Monitoramento constante: A leishmaniose é uma condição crônica, então o acompanhamento regular com exames veterinários é essencial para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.
- Prevenção de novas infecções: Durante e após o tratamento, é fundamental adotar medidas preventivas para evitar novas infecções por flebotomíneos, como o uso de repelentes específicos para cães e vacinas disponíveis.
- Considerações emocionais: O estado emocional do cão também deve ser considerado. Proporcionar carinho, atenção e um ambiente seguro pode ajudar na recuperação emocional do animal durante o tratamento.
Tem cura?
Para nossa alegria, hoje em dia é possível tratá-la com medicamentos eficazes. Para isso, é importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário durante, já que o tratamento de leishmaniose em cães não elimina completamente a doença.
Por outro lado, quando tratada de forma profissional, ela impede a progressão da doença e diminui a carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor e principalmente tenha uma qualidade de vida.
Se o seu amiguinho anda apresentando sinais de leishmaniose, entre em contato em uma das unidades da Oásis Pet e converse com um de nossos especialistas. Não deixe a saúde do seu cão sem um bom supervisionamento, venha para a Oásis Pet e conte com um veterinário para a manutenção da saúde do seu pet.